quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Avaliando as eleições




   


Ivaldo Gomes


Um candidato e outro anticandidato foram os destaques do 1º turno. Luciano Cartaxo com seus mais de 140 mil votos e o anticandidato Ninguém que obteve 22.745 mil votos. E claro, sem ter tido o menor espaço pra divulgar sua plataforma de luta. A não ser, claro, a internet. Essa matrix que a tudo sustenta e a tudo suporta.

O povo de João Pessoa, que chamo de Parahyba, realmente é muito sábio. De uma cacetada só se livrou de tudo que é passado de uma vez só. Colocou no mesmo balaio Ricardo Coutinho (Estelaisabel), Cícero Lucena e José Maranhão. Simplesmente foram dispensados. De Renan, Radical e Sarmento não tenho como avaliar pois eles não tiveram as mesmas condições de embate. O jogo mesmo era entre os quatro candidatos com estrutura de campanha e ganhou Luciano Cartaxo.

Não foi Estelaisabel que não teve voto, foi Luciano Cartaxo que teve demais. Demais de todas as contas. E a decisão do povo é de que se quer testar uma nova alternativa política na cidade. E é justo. Já foi dado oportunidades demais pra Ricardo Coutinho, José Maranhão e Cícero Lucena. Não fizeram o que tinha que ser feito. Paciência. Fiquem no passado. Eu acho que o povo deu esse recado de forma veemente. Até do ponto de vista do voto nulo, foram 22.745 votos de protesto. 

O que eu lamento nessa mudança toda é que a gente não possui nenhum controle sobre os eleitos. E vamos ficar sempre na integridade individual de alguns e na mão esperta de muitos. E ai depois de um, dois, três, quatro, cinco escândalos, é que a agente acorda de novo. Essa mania do brasileiro ficar esperando por um salvador da pátria dá sempre em pastelão. Não vou contar nenhum caso. Fiquem tranquilos.

Aos perdedores, aprendam a lição de que o povo pode até não ter vez e voz, mais numa democracia (em vias de) o povo decide. Mesmo com voto obrigatório e muita manipulação durante as eleições. Muita discussão a ser feita ainda. Na realidade estamos só começando.