terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Pesadelo






                   Ivaldo Gomes


Enfim fiquei sem nada.
Perdi o verso, a rima,
O poema.
Agora sou eu e ela,
Sozinhos.
A musa ficou
Desolada.
Na calçada da vida,
Passo o dia a dia
Sem vê-la,
Sem senti-la,
Sem tocá-la.

Fazer o que sem ela?
Sem inspiração?
Sem tesão?
É uma pena pro poema.
Pra poesia e pra
Coitada da musa.
Tudo agora só silêncio.
Só perda e desatino.

Ai de sobressalto,
Eu acordo todo suado.
Era pesadelo.
Ufa!

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