Essa é a 1ª versão do Manifesto pela Campanha do Voto Nulo na Paraíba e que está em discussão, para ser lançado no dia 06 de junho de 2012. Data do início da campanha eleitoral, onde todos os candidatos podem começar a fazer propaganda eleitoral. E nosso candidato NINGUÉM será lançado de forma oficial com uma festa no Sebo Cultural.
Dê sua opinião. Acrescente seus argumentos e participe da próxima reunião para instalação do Comitê em defesa do Voto Nulo, que acontecerá dia 12/04, uma quinta feira, às 18 h, no Sebo Cultural.
Manifesto da Campanha do Voto Nulo na Paraíba
Preâmbulo
Política e politicalha
A política afina o espírito humano, educa os povos, desenvolve nos indivíduos a atividade, a coragem, a nobreza, a previsão, a energia, cria, apura, eleva o merecimento.
Não é esse jogo da intriga, da inveja e da incapacidade, entre nós se deu a alcunha de politicagem. Esta palavra não traduz ainda todo o desprezo do objeto significado. Não há dúvida de que rima bem com criadagem e parolagem, afilhadagem e ladroagem. Mas não tem o mesmo vigor de expressão que os seus consoantes. Quem lhe dará o batismo adequado? Politiquice? Politiquismo? Politicaria? Politicalha? Neste último, sim, o sufixo pejorativo queima como ferrete, e desperta ao ouvido uma consonância elucidativa.
Política e politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam uma com a outra. Antes se negam, se excluem, se repulsam mutuamente. A política é a arte de gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas, ou tradições respeitáveis.
A politicalha é a indústria de explorar o benefício de interesses pessoais. Constitui a política uma função, ou um conjunto de funções do organismo nacional: é o exercício normal das forças de uma nação consciente e senhora de si. A politicalha, pelo contrário, é o envenenamento crônico dos povos negligentes e viciosos pela contaminação de parasitas inexoráveis. A política é a higiene dos países moralmente sadios. A politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada.
TESE
A nossa tese é de que: se somos nós que legitimamos as coisas com o nosso voto (escolha) e se somos nós que pagamos todas as despesas com nossos impostos, logo temos o direito de dizer como queremos que as coisas funcionem em nossa sociedade.
Defendemos a democracia direta e queremos pôr em prática.
Acreditamos que possuímos tecnologia e informação suficiente para escolhermos nossas prioridades, colocá-las em prática, fiscalizar a sua aplicação, recursos, eficiência e como também seu replanejamento para que possamos avaliar sua eficácia.
Não aceitamos mais esse processo de democracia representativa e queremos discutir a sua mudança, trazendo para a cidadania de todos nós, o direito de decidirmos o que é melhor para sociedade sem necessariamente termos que eleger alguém para nos representar. Queremos representação direta. Nós mesmos nos representamos.
E resolvemos exercer nosso direito de não querer votar em absolutamente ninguém. E não é porque muitos dos candidatos não mereçam nossa confiança e nem nosso reconhecimento, mas é pelo fato de não termos efetivos controles sobre a ação de quem possa ser eleito. Cansamos de sermos passados para trás. De sermos utilizados como massa de manobra para legitimar interesses menores em detrimento dos reais interesses da maioria da nossa população.
Portanto, estamos chamando a população a reagir, se utilizando do seu voto em sinal de protesto para que as regras de se escutar a vontade popular seja feita de outra maneira e de forma direta. A internet está ai para ser utilizada por todos, bastando um simples local de acesso público, o uso do CPF e a escolha de prioridades para o Brasil, para o seu estado, sua cidade, bairro ou rua.
Chega de intermediários que nos cobram os olhos da cara em impostos, para bancar suas mordomias, salários, férias e benesses, conseguidas a base da exploração de todos nós. Uma minoria privilegiada vivendo à custa do esforço de uma maioria que só possui o direito de votar de forma obrigatória e pagar sempre mais impostos.
Votar é um direito do cidadão. Mas exercê-lo deve ser uma opção de cidadania. Não somos obrigados a ter que escolher entre o ruim e o pior. Por que temos que legitimar esse jogo de cartas marcadas em que se tem transformado as eleições no Brasil? Foi pra isso que lutamos tanto para redemocratizar o país? Transformar o parlamento brasileiro num balcão de negócios? Onde o interesse da maioria do povo brasileiro passa a ser apenas um detalhe, um voto obrigatório e o pagamento da conta? Cansamos disso.
Não conte mais com nossa participação para dá continuidade a isso.
Precisamos discutir quem manda verdadeiramente aqui. Se somos nós que damos a legitimidade as coisas e pagamos todas as despesas ou eleitos por nós sem o menor controle sobre suas ações? Por que continuar aceitando que eleitos por nós, vivam espertamente abusando da nossa confiança? Vamos VOTAR NULO sim! Para deixar claro que exigimos mudanças e as queremos o mais rápido possível.
Assinaturas e CPFs dos signatários desse manifesto em ordem alfabética: