sábado, 31 de julho de 2010

Manifesto Ambientalista - Participe divulgue

M A N I F E S T O


Fonte: http://ambiental.wordpress.com/manifesto/

A frente ambientalista AMBIENTALLIS é um movimento conservacionista - de iniciativa particular e idealizado pelo ambientalista Tavinho Caúmo – em defesa da preservação ecológica e do meio ambiente, cuja missão é acompanhar e monitorar, sempre que necessário, as atividades realizadas em nível local que apresentem relação, direta ou indireta, com a questão socioambiental, bem como para intervir e atuar, conjuntamente com a sociedade civil, no apoio a políticas públicas, programas e ações governamentais e com entidades não-governamentais, com o objetivo maior de alcançar padrões sustentáveis de desenvolvimento e uma sadia qualidade de vida.

A existência da frente ambientalista AMBIENTALLIS é inspirada na necessidade da nossa sociedade em organizar-se e ter voz ativa e conjunta, inspirando mudanças de conceitos e de atitudes em sincronia com as soluções desejáveis, permitindo manter nosso meio ambiente ecologicamente equilibrado. Sua atuação precípua está na convocação de nossos indivíduos, despertando o mais elevado nível de consciência, de unidade e de organização, visando o fortalecimento do exercício de uma cidadania ambiental responsável, comprometida com o futuro do nosso território, com a melhoria da qualidade de vida da coletividade e com a herança às próximas gerações.

DA CONSTITUIÇÃO

A frente ambientalista AMBIENTALLIS não tem sede física ou presencial. Seu único estabelecimento é o domínio registrado de internet www.ambientallis.org - onde divulga suas idéias e ações - e recebe comunicações de toda e qualquer natureza por meio eletrônico no endereço contato@ambientallis.org, não tendo escritórios ou representações em nenhuma localidade do País ou fora dele. Atua localmente no Estado da Paraíba e, em particular, na região metropolitana de sua capital, João Pessoa, podendo estender suas ações a qualquer tempo e a qualquer parte do território nacional. O prazo de duração é indeterminado, podendo ser dissolvida a qualquer tempo, não cabendo, a quem quer que seja, indenizações de quaisquer naturezas.

A frente ambientalista AMBIENTALLIS não mantém vínculos com partidos políticos, sindicatos, entidades classistas e órgãos da administração pública, e tampouco com outras organizações governamentais, comerciais ou empresariais, mas poderá desenvolver as modalidades de parceria ou colaboração com outras frentes, movimentos, entidades, órgãos ou organizações, desde que em total observância de seus princípios e objetivos. Também não possui patrimônio, e nem constituirá um, não tendo quaisquer fins lucrativos, econômicos ou comerciais, não distribuindo, ainda, lucro, dividendo, bonificação, subvenção, remuneração ou quaisquer outras vantagens, seja a quem for, sob nenhuma forma ou pretexto.

DOS PRINCÍPIOS

A frente ambientalista AMBIENTALLIS adota como princípios:

I. A natureza como a criadora das coisas, sendo todos os seres vivos partes integrantes dela;

II. A convivência em harmonia entre o desenvolvimento sustentável e a conservação dos recursos naturais;

III. A preservação como sendo de responsabilidade de toda a sociedade, em ações praticadas diariamente;

IV. A sensibilização de cada indivíduo como início da mobilização coletiva para atingir o exercício da cidadania plena;

V. A fé inabalável no estado democrático de direito e suas instituições, bem como o respeito aos direitos humanos e ao uso de meios pacíficos em suas ações;

VI. O profundo repúdio a preconceitos, discriminações, injustiças e violências de quaisquer naturezas e formas;

VII. A independência, legalidade e moralidade na busca incessante de seus objetivos;

VIII. O respeito às leis, tratados e acordos internacionais, bem como à Constituição Federal Brasileira e à unidade e soberania do Brasil.

DOS OBJETIVOS

A frente ambientalista AMBIENTALLIS tem por objetivos:

I. A conservação das diversidades genéticas de espécies e de ecossistemas;

II. O fomento do uso sustentável dos recursos naturais, para promover o desenvolvimento econômico e social;

III. O estímulo à redução da poluição de qualquer natureza e do desperdício de recursos;

IV. O respeito à natureza e a integração com todos os seres que dela fazem parte;

V. A convocação de toda a comunidade para a conservação do ambiente natural, incluindo a fauna, flora, água, solo, ar e outros recursos naturais, com particular ênfase na manutenção dos processos ecológicos essenciais ao suporte à vida;

VI. O chamamento de nossa comunidade para o exercício de uma cidadania ambiental abrangente, responsável e comprometida com o futuro do nosso planeta;

VII. A promoção da conscientização de nossas populações para a necessidade de preservação da natureza e a otimização do uso dos diversos ecossistemas;

VIII. A promoção de atividades de educação ambiental e do fortalecimento da capacitação da sociedade em gerir sustentavelmente os recursos naturais em que se apóia a vida;

IX. O estímulo, reconhecimento e valorização das iniciativas que visem o desenvolvimento sustentável, o equilíbrio ambiental e o bem estar social;

X. A sensibilização das autoridades e da opinião pública, congregando esforços para o enfrentamento de infrações administrativas, contravenções ou crimes de natureza ambiental;

XI. O incentivo ao aperfeiçoamento da legislação ambiental e de políticas públicas, assim como a firme oposição à qualquer tentativa de impor retrocessos à legislação ambiental;

XII. O propugnar pela máxima cooperação entre o Poder Público e a sociedade para a solução dos problemas ambientais;

XIII. A atuação como catalisador de novas demandas da sociedade em relação a questões socioambientais.

DAS ADESÕES

Poderão aderir aos objetivos da frente ambientalista AMBIENTALLIS quaisquer indivíduos – independente de nacionalidade, gênero, orientação sexual, cor, raça, profissão, vínculo político, credo, seita ou concepção filosófica ou religiosa – que demonstrem interesse e desejem apoiar e cooperar ativamente na sua consecução, desde que assumam como compromisso irretratável, a adoção e o respeito, no exercício de qualquer ação ou atividade, de todos os princípios acima elencados. Não há distinção de categorias entre todas as pessoas participantes, interessadas ou convidadas a se unirem ao movimento, sendo todos integrantes voluntários, unidos na defesa de seus legítimos interesses comuns.

À nenhum integrante será intuída a preposição ou representação do movimento, ficando ressalvado o direito de desligar-se livremente a qualquer tempo, assim como de não responder, em qualquer instância, solidária ou subsidiariamente, por nenhuma obrigação em nome da frente ambientalista AMBIENTALLIS, exceto por atos praticados de próprio punho ou aqueles de sua responsabilidade individual. No exercício das suas atividades, os integrantes ou participantes, diretos ou indiretos, não poderão requerer para si a propriedade de marca e das expressões ou sinais de propaganda e o seu uso exclusivo, ou utilizá-las em atividades ou ações que não sejam de iniciativa do movimento.

João Pessoa, 05 de agosto de 2010.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Amigos

O Projeto Poema com Manteiga sai agorinha em lembrança e saudades dos amigos que se foram. Pra Radegundis Feitosa que toca hoje na orquestra celestial. Que fique em paz. Que fiquemos em paz. Até breve.


Amigos



Ivaldo Gomes



Ao pouco eles se vão.

Uns aqui, outros ali.

Vão-se como os dias.

Mal anoitece e vão embora

Com as estrelas.

Mal amanhece e chega

A notícia de mais um

Que se foi no rastro

Desse imenso sol.



E a gente vai ficando,

Ficando, cada vez

Mais só.

Ah o tempo!

Esse tempo sem fim,

E quase no fim

Sem amigos.

Indo, indo, indo

Enfim.



‘Amigos sumindo assim,

Pra nunca mais’.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O sonho de Inacim

Ivaldo Gomes


Vi hoje o longa do cineasta/arquiteto/diretor paraibano Eliézer Rolim: O sonho de Inacim. Um belo filme. Um resgate da imagem e da história de quem foi verdadeiramente Padre Rolim – 1800/ 1899 - http://www.canalnoite.com.br/padre.php). Considerado o grande mestre que educou gerações no sertão paraibano. Tem um ditado aqui na Paraíba que diz que ‘Cajazeiras educou a Paraíba’ referindo-se a grandeza do feito de padre Rolim. Mas o filme mostra mais. Mostra um visionário que enxergava longe. Pois passou pelas suas mãos figuras como o Cardeal Arcoverde, primeiro arcebispo latino americano e simplesmente o ‘santo’ Padre Cícero. O famoso Padim Ciço do Juazeiro.
Eliézer fez um excelente filme. Grande elenco. Cito Zé Wilker – no papel do padre – o nosso consagrado José Dumont, Marcélia Cartaxo (Urso de Prata em Moscou), Zezita Matos (a grande dama do teatro paraibano) e um rol dos melhores atores e atrizes que essa Paraíba possui com muita, mas muita qualidade. É sem sombras de dúvidas o melhor longa metragem dos últimos trinta anos do cinema paraibano. O filme retrata a época e as possíveis histórias explicativas para a existência e resistência de um padre culto, de descendência francesa, que na primeira metade do século dezenove, cria e mantém uma escola para os filhos de uma região que não tinha acesso nenhuma escola. O filme levanta também a hipótese de que padre Rolim tenha sido um dos primeiros naturalista nordestino.
O importante destacar aqui é que com o seu filme ‘O sonho de Inacim’, Eliézer terminou por fazer um registro onde podemos entender a história e o tempo no sertão de Cajazeiras naquele período. O desempenho dos personagens, com diálogos e argumentos bastante coerentes, mostra um Eliézer dosando sua narrativa num filme de belo colorido e imagens irretocáveis. Belo trabalho, o que a equipe de produção fez em O sonho de Inacim. Se você não viu ainda. Dê um jeito e veja. Você vai ficar encantado com mais esse novo filme paraibano. Com certeza fará muito sucesso por onde passar.
http://www.osonhodeinacim.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=30&Itemid=1

terça-feira, 27 de julho de 2010

Censura e paranoia na NET

O TRE/TSE estão de parabéns. Conseguiu meter medo em tudo que foi blogs e sites na internet. Todo mundo revendo o direito livre de expressão para postagens em seus veículos de comunicação. Até o final da eleição o melhor e se precaver. Pois têm assessorias advocatícias querendo ganhar dinheiro com postagens alheias nos comentários de blogs e sites. O 'bom negócio' é o seguinte: pessoas de má fé, postam comentários injuriosos ou mesmo falsos sobre determinada pessoa em seu blog ou site e logo após vem o advogado com uma ação de perdas e danos junto ao TRE/TSE e lasca uma multa astronômica em você e ainda o obriga a retirar do ar os comentários que não foi você que fez, mas por ter um blog ou um site você paga o pato. É bom a gente deixar de ser besta e abrir o olho. Pois contra armação nem Jesus escapou. Parece mesmo que o mundo só vai voltar ao normal depois da eleição. Uma lástima. A eleição e a censura em torno dela. Pense numa democracia! Modere seu site para não cair nessa esparrela. É golpe. Moderar não é censurar, é precaução contra armações, pelo menos enquanto durar esse período eleitoral.
Um abraço,
Ivaldo Gomes

domingo, 25 de julho de 2010

Conhecimento é atributo da vida

Fonte: http://www.portalcorreio.com.br/jornalcorreio/matLer.asp?newsId=143774

A tecnologia está englobando a ciência de tal forma que o homem praticamente abandonou a sensibilidade e a busca por um entendimento completo de sua importância para o Planeta e para si próprio. O professor José Maria Tavares de Andrade, pós doutor em Epistemologia da Complexidade diz que economia e ecologia podem conviver juntas, pois têm a mesma origem grega “oikos”, que significa vida, casa e que o atual modelo civilizatório da humanidade é suicida. Ele defende a busca permanente pelo conhecimento, mas ressalta que a escola não salva e educação demais pode promover uma deformação, ao lembrar que a quantidade de pessoas diplomadas em Cuba não resolveu o problema de desenvolvimento do país. Atualmente vivendo na França, veio a João Pessoa para lançar o livro ‘Complexidade: Educação, Cultura e Civilização’, que escreveu com a mulher Valérie Bindel de Andrade. Globalização, Violência, Meio Ambiente e outros temas da atualidade foram abordados por ele nessa conversa.

A entrevista
- Como o senhor analisa a atual crise que atinge a Europa e que muitos atribuem à globalização?
- Precisamos entender uma primeira globalização, que seria a própria expansão da história da humanidade com a expansão dos pequenos grupos, que foram tomando o espaço habitável na superfície da terra. Pelo que se sabe o bicho homem nasceu na África e foi ocupando a superfície da terra. Com o descobrimento e a colonização do Novo Mundo houve uma segunda globalização e a Europa expandiu-se e desenvolveu-se graças ao subdesenvolvimento do resto do mundo.

- Cresceu a partir da exploração propriamente dita?
- Exploração dos recursos naturais, da mão-de-obra e o domínio econômico, político e da ciência e tecnologia. Por conta disso a Europa hoje paga um preço altíssimo. É um retorno da manivela, o preço que pagam os países europeus por conta do próprio custo de vida lá.

- Por quê?
- Porque a mão-de-obra é caríssima, o aluguel é altíssimo. As indústrias hoje escapam da Europa e produzem por 1/3 dos custos, inclusive, produtos agrícolas – e a própria autonomia alimentar dos europeus está comprometida.

- Apesar de todo investimento educacional na preparação dos europeus, na sua especialização profissional?
- Aí é que está a ilusão que vem do iluminismo: a escola não salva. A quantidade de pessoas diplomadas, com alto nível de conhecimento em Cuba, por exemplo, não resolve o problema do desenvolvimento. Na Europa, o operário precisa ganhar muito mais do que o chinês para sobreviver.

- Se a escola não salva, quem salva, já que a educação é a grande alternativa para a mobilidade social?
- A lógica do capitalismo é a concorrência. Como não tem espaço para todo mundo, eu vou tomar o seu espaço. Para tomá-lo é claro que é preciso competência, mas é um jogo bruto, que é jurídico e econômico na concorrência internacional.

- Como o senhor vê a educação nesse processo?
- Continua sendo fundamental, mas a educação é uma palavra muito ambígua. Ela é como se fosse algo sempre positivo e não é.

- Não?
- Não, porque a educação, ao mesmo tempo, significa uma “encucação”, uma lavagem cerebral, uma maneira de pensar. Você se educa bem ou mal e você, bem educado, pode significar deformação, ou seja, não aprender mais.

- O que pode haver de deformação?
- Um menino na escola recebe uma carga de informações, tem que cumprir determinadas obrigações para passar no fim do ano. Mas ele pode não aprender a aprender – e muitas vezes se aprende muito mais fora da escola do eu na escola.

- Ainda não entendi aonde o senhor quer chegar...
- Se a escola não conseguir canalizar a internet, a cultura, os movimentos, as motivações, o lazer, o pensamento, a crítica, a escola fica à parte. Me lembro da idéia iluminista que dizia que “quando se abre uma escola se fecha uma cadeia”. Mas só que os ladrões maiores estão fora da cadeia. São os de colarinho branco. Todos muito bem educados.

- Daí o aumento da violência, inclusive nos países mais desenvolvidos?
- Eu analiso a mudança recente da humanidade como um triângulo. Hoje em dia, dois extremos são um ângulo do coletivismo e o ângulo do individualismo. Para que exista menos violência, mais equilíbrio é preciso o terceiro ângulo que seja eqüidistante do coletivismo e do individualismo.

- O Estado não conseguiu isso?
- Não porque o Estado não consegue criar instituições. Quem cria novas instituições é a sociedade civil. O governo Lula, por exemplo, ajudou muito a pobreza é verdade, mas não ensina as pessoas a serem autônomas.

- Mas não seria o passo seguinte?
- Não. Se começa errado, vicia o cidadão como a esmola. Lula está imitando os erros dos países ricos. Na Europa, muita gente não quer trabalhar, porque faz três filhos e o governo sustenta. E aqui a expansão demográfica está exagerada por conta dessa “ajuda” , as bolsas. Então, a educação tem que dar autonomia ao indivíduo para que seja considerada positiva.

- E a tecnologia, a informática, a internet, como se encaixam nesse cenário?
- A informática é outro fator muito grande de destruição das instituições tradicionais, porque pela informática você passa a pensar binário. E muita gente não consegue mais se comunicar se você fugir desse pensamento.

- Que exemplo o senhor citaria para explicar melhor esse pensamento binário?
- Fui ao Bairro dos Estados para comprar dois cartuchos de impressora e duas resmas de papel. O cara foi usar o computador para fazer o cálculo. Perguntei se era para controle de estoque, ele disseque era apenas para me dar o troco. Eu já tinha feito a conta de cabeça e entreguei o dinheiro para ele já facilitado o troco. Eu, então, perguntei: você tem memória? Ele respondeu com outra pergunta se seria HD, a memória ddr. Eu repliquei: essa memória que o senhor está me falando é a do patrão. Eu quero saber é a sua memória, porque você não fez essa conta de cabeça e me fez esperar enquanto liga a máquina.

- Acaba se iludindo com uma suposta velocidade da máquina?
- Está se burrificando. O pensamento complexo é exatamente tentar articular aquilo que a ciência e a tecnologia desarticularam do homem.

- Mas essa não é a constatação de uma marcha inexorável, que atingiu todas as ciências, inclusive a medicina, onde hoje se depende de exames sofisticadíssimos para se diagnosticar uma apendicite?
- É o modo de pensar, de conhecer? Edmar Morin, quando fala no pensamento complexo e na reforma do pensamento é, exatamente, para que essa marcha não seja irreversível. Temos que fazer um percurso para tentar conciliar essa dicotomia que está se criando no espírito da humanidade. A ciência dividiu o mundo e o homem em pedaços e o pensamento complexo tenta rearticular.

- O que é essa filosofia do pensamento complexo de Edgar Morin que o senhor já se referiu varias vezes nessa conversa?
- Do ponto de vista etimológico é aquilo que é tecido conjuntamente. Você está tendo um pensamento complexo, mesmo que não se atribua a isso na hora em que você contesta essa dependência de um diagnóstico de máquina, de indicadores totalmente outros ao organismo.
- E o pensamento que se opõe ao complexo, o binário, que é o que as máquinas entendem e que predomina hoje?
- É a luz acesa ou apagada no interruptor. É muito bom para as máquinas, mas eu não penso desse jeito. O cérebro humano não funciona dessa maneira. O homem não pode ser visto como um circuito elétrico de seu cérebro.

- Trazendo a discussão para um tema atual, a internet como é vista pelo pensamento complexo?
- A internet é uma inteligência da máquina e é uma projeção sobre a máquina da inteligência humana. A internet tem grandes potencialidades, mas tem a ambigüidade com relação ao bem e ao mal. Informação de mais endoida e de menos abestalha. Daí a importância da leitura. A internet pode colaborar na participação, como fez Obama que acionou a humanidade através da internet e ganhou gastando muito menos que a oposição.

- Mas a importância da internet hoje não é mais discutível, uma vez que ela se mostrou fundamental para o homem, pelo menos como ferramenta de comunicação?
-É um fator que poderia ser muito mais importante na construção da humanidade, mas que está sendo utilizado muito mais na transferência de dinheiro – circuito econômico internacional – e no circuito da droga, da espionagem e da pedofilia.

- Volta tudo a uma questão de princípios?
- É isso aí que a gente não sabe mais. A própria lei está desatualizada em relação aos crimes na internet. Um garoto entra no Pentágono, no Exército e através de pequenos recursos e de sua competência num computador doméstico pode cometer crimes e até provocar um desastre financeiro internacional.

- A internet não seria um retrato completo do pensamento complexo?
- Não necessariamente. Para a gente entender o pensamento complexo, a idéia do tecido é fundamental, mas o pensamento complexo tem que articular aquilo que está separado e a informática separa o que está articulado. Você pode usar a informática se tem o espírito crítico,. não para copiar/colar.

- O problema continua sendo a capacidade de selecionar, a escolha pela qualidade?
- Informação de mais não dá. A questão não é a quantidade, porque está tudo aí de graça na internet. A questão é o senso crítico, como utilizar, o senso crítico. E isso é educação no sentido positivo.

- E a questão econômica como se insere nesse contexto?
- Lula está imitando os Estados Unidos, o modelo que não deu certo. Fala-se hoje em decrescimento. A China está tentando diminuir o crescimento par anão estourar. O decrescimento seria diminuir a quantidade de consumo de energia, porque ensinaram pra gente que esses recursos são infinitos e eles não são.

- O que se deve fazer, então diante de tantos desafios econômicos que o Brasil enfrenta para continuar se desenvolvendo?
- O importante é a gente imaginar a economia como um ser vivo. Estamos vivendo dos minerais, que não se repõem. A verdade é que podemos viver muito melhor gastando uma quantidade menor de matéria prima e energia.

- Como conciliar geração de energia, crescimento, extração de recursos minerais e a questão de ordem do momento que é a preservação ecológica?
- Às vezes, se exagera na questão ecológica, com a bandeira verde. Hoje tudo é verde, tudo é bio, é ecológico. Temos que ter um senso crítico. Temos que ter um pensamento equilibrado contra o excesso do consumismo Não se pode ter carregador de celular com tipos de entrada diferentes. Na Europa vai ser só um tipo, comum a todos. Já imaginou quanto se gasta para produzir um carregador e diferenciá-lo dos outros só pelo plug? Tem que se racional.

- Ecologia e economia combinam?
- A uma tendência de se passar da ecologia para a economia. As duas palavras vêm do grego “oikos”, a vida, a casa. Então, a casa da humanidade está à deriva com esse modelo econômico, porque não temos para onde ir. Estamos imitando um modelo de civilização suicida. Esse modelo não resolveu o problema de ninguém, nem nos Estados Unidos nem na Europa.

- A saída é a procura permanente pelo conhecimento?
- Conhece significa viver. O conhecimento é um atributo da vida. A vida conhece para se manter e a gente não sabe o que é a vida. Antigamente a teologia dizia que o conhecimento é um atributo de Deus e o homem se aproxima de Deus para conhecer. Hoje em dia essa visão está totalmente deformada. E um dos fatores é a questão de se separar “A” é causa de “B”. Você foi quem disse. E “A” não é causado não?

-Como conciliar tecnologia, ciência, filosofia? Consumo, eficiência e explicações existenciais?
- Não existe ciência sem tecnologia. A ciência já está englobada. Tudo isso é meio. Quando se visa resultados, isso faz com que se confunda resultados com os fins. Qual o objetivo do homem na Terra? Veio de onde e para onde vai? A tecnologia não elabora a finalidade. Perdeu-se de vista quais são os objetivos da civilização, que só tem meios tecnológicos. Os fins são: a democracia, a fraternidade, a igualdade.
Luiz Carlos Sousa

A morte da crítica?

Ivaldo Gomes


Tem um pensamento que gosto muito e que usei por alguns meses no rodapé de uma página ‘on line’ que editava chamada Livre Pensar que dizia o seguinte: “Sem liberdade de criticar, não existe elogio sincero”. Beaumarchais (1). Pois bem, esse libertário dramaturgo francês nascido no século XVIII, defendia a crítica sincera como uma forma de fazer avançar o pensamento humano. Entendia ele que se não temos o direito de criticar de forma sincera, de nada vale os elogios feitos. Hoje em dia continua muito atual sua preocupação. Pois alguns defensores dos atuais dirigentes da política na Paraíba ficam abespinhados com as críticas que fazemos aos seus chefes de plantão.

Eu até entendo (não aceito) que eles façam a defesa do chefe, mas deviam, até por uma questão de decência, de honestidade mesmo, informar aos seus possíveis leitores, que eles recebem do erário público para fazer esse tipo de defesa. Até porque com o rabo preso no cargo de confiança não poderia ser diferente. Continuo me esforçando para ficar justamente do outro lado desse balcão de negócios em que se transformou a administração pública na Paraíba. Faço questão de não ser da ‘confiança’ desses senhores e senhoras, que confunde o público com o privado, apesar de todo esse discurso de impessoalidade hoje tão em voga. Esse discurso não sobrevive a uma simples olhadela nos nomes e na forma de como esses cargos de ‘confiança’ foram escolhidos.

A falta crônica da crítica nas coisas da cidade de João Pessoa e do nosso Estado da Paraíba está virando uma epidemia que a todos acomete. Alguns, por questões que só suas consciências conseguem explicar, só sabem fazer o elogio insincero ou optam por eleger apenas um lado da moeda de troca para desancar com suas críticas. E o pior é que o ‘esquema’ que ele apóia (protege) sofre das mesmas mazelas, mas eles só conseguem ver o mesmo lado do cordão encarnado ou azul que assumiram defender.
Essa relação de dependência financeira com os elogiados é o que se tem mais visto por aqui. A contratação de ‘assessores’ com o dinheiro público - não para fazer o público entender o quê de fato se passa na real administração - mas para dourar a ‘pírula’ e deixar o chefe bem na foto. Essa falta de criticidade tem levado alguns as raias da inconseqüência quando os mesmos ficam cegos em não ver os prejuízos causados a olhos vistos por seus chefetes de ocasião, mesmo que com isso até o seu meio ambiente fique atingido. Digo isso me referindo a muitos que lidam com a imprensa na Paraíba, que moram na praia do Cabo Branco e não conseguem nem balbuciar uma palavra e nem tão pouco vê o estado de abandono que aquele recanto aprazível da nossa cidade se encontra.

A falta de uma crítica sincera tem levado ao engodo, a enganação, a propaganda enganosa, que visa dá a realidade coisas que nela não existe. É muito estranho ver a cidade empestada de outdoors louvando a impessoalidade do prefeito desta linda cidade e não ver em nenhum canto uma única crítica a esse estado de egolatria exacerbado. Parece que se quer criar um novo Dulce, a lá Mussolini, onde a repetição da pessoalidade, colados no discurso de que ‘nunca fomos tão felizardos’ em ter a magnânima presença dos atuais dirigentes governamentais, seja no município de João Pessoa, seja em Campina Grande ou na direção do nosso Estado vegetativo. Está cansando a nossa inteligência.

As técnicas rudimentares de se repetir os bordões, além de ser uma arma autoritária e nazista, é também a ponta o iceberg por onde vão derreter toda essa propaganda, marketing, merchendaising político, que se tenta fazer dessas figuras, que apesar de terem amealhado apoios populares, agem como se fossem uns ditadores impondo sua vontade e seu jeito de pensar. Joseph Goobels, propagandista e coordenador de comunicação de Adolf Hitler, criou a máxima de que ‘se repita uma mentira milhares de vezes e ela passará a ser vista como verdade’. Só que ele se esqueceu de dizer – ou omitiu por puro ato falho – que essas mentiras não podem sobreviver todo tempo e para todo mundo. Pois se podem enganar alguns por algum tempo, mas todo mundo o tempo todo é impossível.


Portanto, criticar ainda é a melhor maneira de contribuir com o possível e frágil controle social que a sociedade civil – organizada ou não – poderá ainda fazer de bem a todo esse estado de coisas que estão ai. Se com a gente criticando, controlando, fiscalizando, as coisas acontecem dessa maneira, com milhares de escândalos todos os anos, imagine se ficássemos calados como querem os ‘assessores’ pagos com o nosso erário público? Imagine quais as versões que esses ‘assessores’ não nos impingiriam se pudessem mascarar a realidade todos os dias e todas as horas como eles acham que podem?

Vamos continuar no exercício democrático da crítica sincera, para que até os elogios, quando tivermos que fazê-los, sejam também sinceros. Pois de enganação, falsos messias e salvadores da pátria estamos todos de saco cheio. Acho que de ovário também. Seria bom que mesmo os poucos críticos de plantão, ao fazerem suas críticas, dissessem também como andam suas ligações com esse mundo do poder por aqui. Até, repito, para que a crítica tenha alguma credibilidade. Pois ‘sem liberdade de criticar, não existe elogio sincero’.

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(1) Veja mais sobre: Beaumarchais - É a imagem de seu século: um homem versátil apaixonado pela liberdade, os conhecimentos e a ação.
Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais - Wikipédia

Aprendendo a aprender, sempre.

Como vocês estão vendo eu estou tentando utilizar esse mecanismo de comunicação chamado blog e ainda apanho um pouco. Quero colocar um selo que o designe e fotógrafo Guy Joseph fez pra lista Livre Pensar, muito bonito e ainda não consegui fazê-lo. Tentei hoje criar uma lista de endereços que vale a pena várias visitas e quando achei que tinha colocado todos eles direitinho não apareceram na tela do blog. Mas eu vou descobrir como se faz tudo isso. Por favor perdoem os erros de quem não tem esse conhecimento todo de informática. Gosto mesmo e acho que sei um pouco escrever e fazer circular informações. Isso sempre me bastou para sobreviver na internet. Mas os recursos estão cada vez mais complexos e simples. Ironia? Não, modernidade mesmo. Mas vão desculpando as tentativas e erros.
Um abraço,
Ivaldo Gomes

Dificuldade de governar

O Projeto Poema com Manteiga traz um poema de Bertold Brecht nessa manhã chuvosa de domingo e de tantos esquecimentos ideológicos.


Fonte: http://linaldoguedes.blog.uol.com.br/

Dificuldade de governar

Bertold Brecht -

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bertolt_Brecht


1

Todos os dias os ministros dizem ao povo
Como é difícil governar. Sem os ministros
O trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima.
Nem um pedaço de carvão sairia das minas
Se o chanceler não fosse tão inteligente. Sem o ministro da Propaganda
Mais nenhuma mulher poderia ficar grávida. Sem o ministro da Guerra
Nunca mais haveria guerra. E atrever-se ia a nascer o sol
Sem a autorização do Führer?
Não é nada provável e se o fosse
Ele nasceria por certo fora do lugar.

2

E também difícil, ao que nos é dito,
Dirigir uma fábrica. Sem o patrão
As paredes cairiam e as máquinas encher-se-iam de ferrugem.
Se algures fizessem um arado
Ele nunca chegaria ao campo sem
As palavras avisadas do industrial aos camponeses: quem,
De outro modo, poderia falar-lhes na existência de arados? E que
Seria da propriedade rural sem o proprietário rural?
Não há dúvida nenhuma que se semearia centeio onde já havia batatas.

3

Se governar fosse fácil
Não havia necessidade de espíritos tão esclarecidos como o do Führer.
Se o operário soubesse usar a sua máquina
E se o camponês soubesse distinguir um campo de uma forma para tortas
Não haveria necessidade de patrões nem de proprietários.
E só porque toda a gente é tão estúpida
Que há necessidade de alguns tão inteligentes.

4

Ou será que
Governar só é assim tão difícil porque a exploração e a mentira
São coisas que custam a aprender?

Celso Furtado 90 anos

22/07/2010 - Fonte: http://linaldoguedes.blog.uol.com.br/

Revista do Correio das Artes nº 7/ 2010

Celso Furtado 90 anos

Na véspera do aniversário do pensador Celso Furtado, que se vivo estivesse completaria 90 anos no dia 26 de julho, o Correio das Artes lhe presta uma homenagem. O membro da Academia Brasileira de Letras, Murilo Melo Filho fala sobre o acadêmico Celso Furtado; os escritores e jornalistas Biu Ramos e Evandro Nóbrega escrevem depoimentos em que narram momentos de convivência com o economista. A homenagem conta ainda com duas entrevistas, a primeira delas com Rosa Freire D’ Aguiar Furtado, jornalista, tradutora e viúva de Celso Furtado, a segunda com o cineasta José Mariani, diretor do documentário “Longo Amanhecer”, sobre o homenageado.

Leia também na edição 46 da revista do Correio das Artes:

João Batista de Brito escreve sobre novo filme de Woody Allen em “Nada Pode Dar Errado”;
Genilda Azerêdo analisa o mesmo filme em “Woody Allen e a relação amorosa como pedagogia”
José Bezerra Cavalcante faz um ensaio sobre um colega da Geração 59: “Luís Correa – o Poeta do Apocalipse”
Luís Filipe Cristóvão, poeta português, nos manda de além mar um texto em homenagem ao Nobel de Literatura, José Saramago: “Antes e depois de 1996”
Na seleção de poemas, José Nêumanne Pinto também presta sua homenagem ao escritor português com o poema “Seara de Saramago”
A homenagem ao Nobel que faleceu no mês passado se encerra com a publicação de três poemas do próprio Saramago, além de artigo do ensaísta gaúcho, Celso Augusto Pitol: “O Homem certo, no lugar certo, na hora certa”
Na secção de ficção, publicamos trecho do romance de Ronaldo Monte, “Memória do Fogo”
O crítico literário Hildeberto Barbosa Filho fala sobre “Guilherme D’Ávila Lins e Ética Bibliográfica”
O músico Eli-Eri Moura dá um depoimento pessoal em “Réquiem para Radegundes”
O escritor Cláudio Portela resenha o romance “Paisagem com Dromedário” em: “O Esquema Novo de Carola Saavedra”
O artista plástico e escritor Alberto Lacet faz uma longa entrevista com o escritor pernambucano Fernando Monteiro.

E mais:

Na seção Estou indico, as sugestões de Sandro Fortunato e de Joyce Barbosa;
Em Lançamentos, o livro "Obra completa", de Murilo Rubião (Editora Idéia); o filme "tragam-me a cabeça de Alfredo Garcia" (DVD Vídeo), de Sam Peckinpah; e o disco "Lado B" (Biscoito Fino), de Yamandu Costa e Dominguinhos
E-mails e cartas dos leitores.

O Correio das Artes é o suplemento literário mais antigo em circulação no Brasil. Circula encartado, mensalmente, aos finais de semana no Jornal A União, em João Pessoa, Paraíba, em formato revista. Fundado por Édson Régis em 27 de março de 1949, é editado por Astier Basílio, tem como colunistas João Batista de Brito, Amador Ribeiro Neto, Hildeberto Barbosa Filho, e Rinaldo de Fernandes, diagramação de Ulisses Demétrio, supervisão gráfica de Paulo Sérgio de Azevedo, ilustrações de Tônio e revisão de Antônio Moraes e está aberto a colaborações de qualquer parte do país. Correspondências e contatos com a editoria do suplemento: Av. Sen. Ruy Carneiro, 195, Tambaú, João Pessoa/PB, CEP 58039970 ou pelo e-mail
astierbasilio@gmail.com

sábado, 24 de julho de 2010

Uma história por trás da campanha









Claudia Carvalho - Fonte: http://www.parlamentopb.com.br/


O cotidiano de um jornalista envolve a narrativa de fatos. Quase sempre eles se sobrepõem às pessoas que os geram. A história pessoal, especialmente na política, não costuma interessar tanto ou ganhar a mesma visibilidade que a atividade profissional dos entrevistados.

Faço um parêntese nessa rotina para compartilhar a surpresa que me reservou uma entrevista com o candidato do PCB ao Governo da Paraíba, Francisco Oliveira.

O ingresso dele na política e sua militância como comunista têm precendentes dramáticos. Francisco perdeu o pai quando tinha 10 anos. O corpo de José Francisco da Silva nunca foi encontrado. Até aquela data, 1969, a família achava que seu Chico era apenas um caminhoneiro. Depois do sumiço dele, várias outras informações foram chegando e só então descobriram que o motivo do desaparecimento estava relacionado a atividades subversivas. "Zé de Necão", como era conhecido, teria levado fim quando transportava munições e armas para "rebeldes" entre Caxias do Sul e o Rio de Janeiro. Ele, o caminhão e a carga jamais seriam localizados.

As atividades clandestinas do pai de Francisco Oliveira despertaram uma investigação local e a mãe dele foi levada para interrogatório no Comando do Exército em Pernambuco, sob suspeita de ter também ligações com os comunistas. Graças à intervenção dos amigos, dentre os quais algumas autoridades da época, ela retornou para casa e pôde criar os filhos.

A marca desse acontecimento, todavia, não foi apagada. A família não pôde enterrar seu Chico e nem ter conhecimento real do que aconteceu com ele. Sem o ponto final, toda história fica difícil de ser encerrada. Na memória da família Oliveira, a ausência e a dúvida perduram até hoje.

Uma das amargas lembranças do mistério que envolve o sumiço de Zé de Necão ficou em poder de Francisco Oliveira. É uma carta endereçada à família e assinada pelo pai. O texto diz para que não se preocupem porque ele iria voltar. Seria um alento não fosse pelo fato de que o caminhoneiro não sabia escrever. A carta, portanto, jamais poderia ter sido feita por ele.

Desde os 14 anos, Francisco Oliveira milita no PCB. Mais do que uma atividade política, a decisão foi uma reação ao baque que a vida lhe impôs.

Você, eleitor, é o Patrão!

Você é realmente o patrão. Só basta saber como. Pois se mando, logo digo como quero. Mas como quero? Eis a questão. Votar é importante? É. Mas pra quê? Pra quem? Com quê objetivo? O quê ganhamos mesmo com isso? Do jeito que está, como controlamos quem elegemos? E elegemos mesmo pra quê? Qual o projeto? O sempre lúcido e futurista Mauro Nunes - um dos melhores consultores da PB/Brasil?Mundo - nos instiga a pensar. E isso é livre pensar.

Um abraço,
Ivaldo Gomes

Você, eleitor, é o Patrão!

Mauro Nunes

Postado por Mauronunes.com em 24/07/10 as 01:35 - Fonte: http://wscom.com.br/blog/www.mauronunes.com.br+

"A imprensa supostamente imparcial, comprometida com a evolução da consciência política da população e com a construção sustentável de um futuro ansiado por toda a sociedade, tem papel dos mais decisivos para criar novo cenário e transformar para melhor o atual e triste quadro político predominante no Estado”. Obs. o Guia que está ao lado deveria ter sido aprovado, senão concebido, pelo eleitor.

Este caminheiro, hoje, procura reproduzir e interpretar vívidos debates de colegas de caminhada. Encontrei grupos abordando a importância do ato de votar e da representatividade decisória do eleitor na escolha dos seus candidatos. Apurei os neurônios.

O tema, não cabe dúvida, é do maior significado. Afinal, em última instância, em uma democracia é você. Eleitor, que a rigor tem a responsabilidade pela escolha daqueles que detém expressivo e, em alguns casos, determinante papel, na construção do futuro. Do seu futuro. Do futuro dos seus filhos e dos seus netos. E das gerações que estão à caminho.

Quatro anos, com a velocidade das transformações de hoje, é período suficiente para que decisões influenciem a moldagem do futuro e à construção de cenários onde viverão seus filhos, netos e bisnetos.

Deve-se ter a consciência de que todos os eleitores são contribuintes e pagam aos legisladores e aos dirigentes para exercerem o seu papel de governantes. Na verdade você, eleitor, é rigorosamente o patrão dos governantes.

Que tal começar pelo elementar, que não vem sendo tratado na campanha? Saber como estamos hoje e como queremos estar em quatro ou oito anos já seria um grande começo. Ter rumo e prumo consciente, que aponte para a sustentabilidade na construção do futuro é requisito indispensável para credenciar qualquer político.

É importante ter consciência de que as mudanças são inevitáveis. Podem acontecer contra ou a favor das necessidades, dos desejos e das aspirações do povo. O desempenho de seus escolhidos é que determinará, em grande medida, a construção do seu futuro. Avalie, portanto, a sua responsabilidade no ato de escolher.

Você, eleitor, além de escolher os seus servidores para o governo é, como contribuinte, quem oferece, com seu esforço e bolso, os recursos necessários para manter os legisladores, que legislam por você, e os dirigentes que decidem, por você.

Impressionante é a afirmação categórica dos colegas caminheiros de que o brasileiro é um povo politizado. Se o debate era o território paraibano, o grau de politização era, provavelmente, para eles, bem maior do que o da média nacional.

Mas, o que é mesmo ser politizado? É discutir a política dos que disputam o poder? É entrar em debates predatórios, onde o foco é a exploração, com lente de aumento, dos aspectos negativos e desfavoráveis do adversário? É considerar que o adversário político é inimigo pessoal? Infelizmente essa era a linha básica de discussão entre os caminheiros?

Certamente que o comportamento dos governantes motiva a postura desses caminheiros. Pois eles, os políticos, são exemplos provocadores das reações de uma disputa que saiu da órbita dos debates sobre os destinos da cidade para os destinos de grupos hoje predominantes na cena política do Estado. Seja, quem deveria educar, provoca.

A sensação que tenho é a da nossa falta de consciência política. O que há, lamentavelmente, é uma ignorância pasma quanto ao seu poder e força enquanto eleitor.

Escolhemos legisladores para cuidarem do nosso dinheiro e administrarem nossos projetos sem exigir que os gestores públicos apliquem os recursos e implantem os projetos com decência e honestidade, segundo suas expectativas.

Pude observar que todos, indistintamente, pecavam pelo equívoco de analisar e ampliar as fraquezas ao invés de as forças dos escolhidos na última eleição e dos prováveis candidatos ao próximo pleito.

Não se tratava de uma discussão emocional. Pior, era uma disputa irracional, com predomínio de avaliações menores, provincianas, onde o futuro era avaliado a partir dos comentários políticos mais intrigantes publicados nos jornais de ontem e de hoje.

O espelho retrovisor era a peça principal do debate. Não pude deixar de lembrar o que consagrados estudiosos já constataram: dirigentes ou políticos eficazes constroem baseado na força, no que as pessoas podem fazer, não se baseiam em fraquezas. Preocupam-se mais com resultados, mais com aquilo que eles alcançam do que com aquilo que eles fazem.

Já que os políticos estão muito comprometidos em buscar formas para manter o poder e não têm exercido, como deveriam, o importante papel de educadores e formadores de consciência política que resista a tempo, comecei a considerar que os formadores de opinião, os estudiosos da ciência política, da sociologia, os professores, jornalistas, escritores e outros privilegiados têm tudo para contribuir com a mudança desse foco.

Mesmo no ponto do tempo em que se conclui uma campanha política é sempre oportuno avaliar, debater e discutir o papel de cada um na construção do futuro que queremos para esta e outras gerações.

Importante é que o eleitor e contribuinte conte com a colaboração de decodificadores que tenham visão da águia, para ajudar na avaliação do cenário e suas conexões planetárias, o olho de lince para identificar os resultados e desempenho dos legisladores e “dirigentes contratados”, e se esses estão trabalhando na construção do futuro desejado.

Mais importante ainda, é poder contar com os profissionais mencionados, com maior visibilidade para a imprensa, na disseminação de novos conceitos sobre o papel de cada cidadão nesse processo, e na transformação de paradigmas de que os políticos e dirigentes estão ai para disputar poder e não para construir o futuro.

Esse parece ser um caminho para substituir os temas para debates dos caminheiros da calçada.

Os discursos dos caminheiros são alimentados por informações disseminadas por esses profissionais, com ênfase para os veículos de comunicação.
Infelizmente, ainda, pouco, muito pouco, se vê ou lê, sobre o verdadeiro significado do eleitor e contribuinte como acionista majoritário dessa empresa chamada “Governo” e do seu poder sobre os formuladores de leis para a sociedade.

Todo e qualquer eleitor tem o poder de cidadão para escolher seus “contratados” e para cobrar resultados que façam diferença para melhor na vida das pessoas. Pode, e deve ter espaço para opinar inclusive quando da formação das equipes de colaboradores dos eleitos.

As equipes representam a extensão da vontade do eleitor. Assim, mesmo após eleger o cidadão deve ficar permanentemente atento para que prevaleça a sua vontade.

Ricardo, Maranhão e a “maldição” dos Cunha Lima

Mas uma do Lauro Pires Xavier e claro, de João Manoel de Carvalho. Tire suas próprias conclusões. Eu acho o texto arretado de bom. Ainda bem que tem gente que raciocina por aqui. Pois se depender dos candidatos seremos tratados como idiotas.
Um abraço,
Ivaldo Gomes


Mais um texto lúcido e coerente do João Manoel de Carvalho, uma ode ao voto nulo, ao fim dessa eleição farsante e que mais que nunca aponta, sob o discurso da "governabilidade", uma incoerência dos políticos ditos de esquerda. Ricardo, ao término da eleição, deve escrever uma carta aos paraibanos afirmando sua saída da vida política e sua volta à UFPB, pedindo desculpas ao povo e a todos aqueles que acreditaram na via eleitoral como processo de transformação social. Mais uma vez "o sonho acabou" e o desejo de termos uma sociedade livre, justa, sem patrões, adormece em berço esplêndido. Fico com Émile Zola e com todos aqueles que sonham em ver essa terra rebentar, Germinar, com a luta do povo,

saudações,

Lauro


Ricardo, Maranhão e a “maldição” dos Cunha Lima

João Manoel de Carvalho

Jornal ContraPonto, Paraíba, 23 a 29 de julho

A aliança política celebrada entre o então Prefeito Ricardo Coutinho e o grupo Cunha Lima se abateu sobre o atual candidato socialista ao Governo do Estado como uma devastadora maldição. Com a materialização do conchavo, o Prefeito foi excomungado politicamente e passou a receber não só a contestação, mas a ojeriza e a aversão dos meios políticos e a condenação generalizada da opinião pública paraibana.

A degradação da vida pública na Paraíba e, de ordinário em todo o país, tornou as alianças políticas, por mais espúrias que fossem, uma rotina, na medida em que essa degradação vai se aprofundando de maneira, cada vez mais, estarrecedora.

Mas, no caso da aliança entre o sr. Ricardo Coutinho e o ex-Governador Cássio Cunha Lima parece que ela teve o efeito de desvirginar a vida pública paraibana ate então imaculada e pura, tal os efeitos catastróficos que provocou sobre a imagem do ex-Prefeito pessoense.

Realmente, ninguém de boa fé pode negar que o sr. Ricardo Coutinho cometeu, no mínimo, um equívoco político ou uma enorme precipitação, ao lançar-se candidato ao Governo do Estado para as eleições de 2010. Faltou-lhe assessoramento político capaz de conter os seus ímpetos obsessivos pelo Poder e sugerir-lhe a sua candidatura ao Senado, no mesmo esquema de aliança com o PMDB, a mesma que o levou a Prefeitura da Capital naquele já distante ano de 2004.

Fascinado ante a possibilidade do acordo com o grupo Cunha Lima, entendendo que essa aproximação criaria a oportunidade de lastrear seu nome pelo interior e viabilizar a sua eleição para o Governo do Estado, o sr. Ricardo Coutinho preferiu precipitar-se e lançar-se à sucessão estadual, sem antes, queimar as etapas necessárias e assim, consolidar mais adequadamente as suas chances de conquistar o Poder na Paraíba.

O tempo, no entanto, encarregou-se de demonstrar como a opinião pública prefere a versão e quase sempre o factoide a realidade nua e crua dos fatos. O curso da campanha permitiu transformações profundas no panorama político do Estado e o Governador José Maranhão, com o seu poder irresistível de usar a maquina pública em benefício de sua campanha pela reeleição, conseguiu por meio cooptação desenfreada, atrair para o seu esquema político a fina flor do grupo Cunha Lima, transformando adversários de ontem em correligionários, fazendo destes, inclusive, integrantes de sua administração, conferindo-lhes cargos estratégicos no seu Governo.

Dessa rearrumação resultou no fato de que o sr. José Maranhão tem hoje a seu lado engajados em sua pela reeleição os mais notórios seguidores do clã Cunha Lima, podendo-se citar entre outros o ex-Prefeito e senador Cícero Lucena, o ex-deputado federal Inaldo Leitão, o deputado federal Armando Abílio, os deputados estaduais João Gonçalves e Fabiano Lucena, alem de Prefeitos e vereadores seguidores do senador Cícero Lucena em todo o Estado.

Como se vê, essas adesões provaram que não existem maiores diferenças entre os grupos políticos liderados por Maranhão e pelos Cunha Lima, que conviveram no PMDB e partilharam o Poder por longos anos, com as mesmas praticas e vícios que vem degradando a Paraíba, há decênios.

Reconhecer que o sr. Ricardo Coutinho cometeu um grave erro político, ao fazer aliança com o grupo político campinense é dever de isenção e equilíbrio de quem quer que se arrisque a analisar o panorama político da Paraíba.

Mas idêntico dever têm aqueles que considerarem que não há por que distinguir entre o grupo Cunha Lima e o esquema do Governador José Maranhão, em termos éticos, em razão do que esses dois grupos, unidos e articulados no passado, desserviram a Paraíba.

Agradecer é preciso


Gostaria de agradecer o carinho de todos vocês. Realmente amigo é para se guardar bem dentro do lado esquerdo do peito. Milton Nascimento e Fernando Brant tinham razão. Resisti a ter um blog de registro de tudo que acho interessante na internet. Achava desnecessário. Mas frente a tanto boicote e censura, não me resta outro caminho que garantir a opinião de muitos. Nosso compromisso é com a verdade. Seja ela dita de que forma seja. Mas no entanto verdade. O exercício do Livre Pensar é uma forma de dividir com os outros. Mas fico feliz pela recepção. Vocês por aqui me dão uma grande responsabilidade e prazer. Como gosto de ler e escrever, logo ficamos todos em casa. Obrigado mais uma vez pelo carinho. As postagens vão saindo na medida que eu for frequentando a internet e recebendo colaborações. Dou notícias e mande noticias por favor. O Livre Pensar só serve mesmo se for coletivo. Pois enquanto for uma coisa individual é sempre um. E queremos que ele seja mais que dois. Quem sabe muitos.
Um abraço,
Ivaldo Gomes

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Voto obrigatório

A poesia será sempre um carro chefe nesse blog. Minhas e de vários poetas que admiro tanto. Prometo cascavilhar belos poemas. Acredite, o Projeto Poema com Manteiga é pra valer. mesmo sem financiamento de ninguém. Você não vai pagar nada por isso. A não ser ler. Aliás, gostar de ler, é a característica fundamental que o nosso leitor precisa ter. O resto é empatia ou antipatia. No mais, saúde e anarquia.
Um abraço,
Ivaldo Gomes


Voto obrigatório

Ivaldo Gomes

Nada obrigatório presta,

Nem beijo na testa.

Nem pelo buraco da fresta

Essa festa presta.

Se é liberdade

Por que da obrigatoriedade?

Votar é um direito

Assegurado por lei.

Mas a opção de votar

Deveria ser uma opção.

Por que tenho que escolher

Entre o ruim e o pior?

Pior será.

Pior é pela imposição.

Marcar posição?

De supetão votar nulo.

Sem omissão,

Por opção,

Uma não ação,

Um voto de protesto,

Dizemos não.

Não pactuar,

Não legitimar,

Melar a eleição.

Voto obrigatório?

Não!

Enganação?

Não!

Certeza de mudança,

Na ação.

Vote nulo na

Próxima eleição.

Desassossego no sossego do cinema

Só pra registrar. Mandei esse texto umas cinco vezes prum portal que participo. Mas não sei porque ele não consegue ser postado. Então vai aqui pra ser registrado. Se você puder ver o filme veja. Vai ficar encantado durante quatorze grandes minutos.
Um abraço,
Ivaldo Gomes


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Desassossego no sossego do cinema

Ivaldo Gomes

Fui ver ontem (15/07) o lançamento do curta metragem Desassossego do poeta Marco di Aurélio e equipe independente de incentivos fiscais. Essa é outra boa característica dos trabalhos de Di Aurélio e equipe competente que cada vez que se junta nos surpreende a cada trabalho. O seu curta anterior Enraizados é aquele registro surpreendente da vida isolada no mundo do sertão inacessível. Agora esse belíssimo registro em ficção científica, mas só que ‘de vera’. Ver o desassossego do nosso ancestral com o aparecimento do futuro incompreensível em que nos tornamos é uma alegoria por demais criativa.

Imagens belas captadas no cariri paraibano - no lajedo de Pai Mateus – onde Marco di Aurélio e equipe, nos fazem regressar no tempo, onde o simples e reluzente brilho de uma pedra diferente poderia servir de amuleto, decoração, objeto de arte. E dessa simples relação - homem/objeto de atenção – o simples brilhar da pedra e a tentativa de compreender esse fato, surgirá o conhecimento do mundo de hoje. Esse que o notebook onde escrevo se transformou. Mas vê-lo ali no meio do tempo, há milhares de anos atrás, nos regata a ancestralidade, à vontade e a curiosidade de existir. Num cenário perfeito, luz deslumbrante, atuação tão significativa quanto real. Maquiagem, adereços verossímeis ao tempo e ao espaço do que a ficção possa propor.

Marco di Aurélio (pra alegria da gente) não é só um poeta sensível e comprometido com o seu tempo. É também um excelente diretor e ator. Sem uma única palavra o nosso universo ancestral se debulha sobre nós. É como se um lugar específico nos desse o ‘desassossego’ de quatorze preciosos minutos. ‘O tempo do curta metragem deixa uma sensação de que acabou mais cedo do que devia’ comentava Marco ao final da apresentação. E foi isso mesmo o que aconteceu. Num filme belo – em vários sentidos – a tela se apaga e nos resgata dos milhares de anos em que fomos meros caçadores da sobrevivência diária.

O trabalho de Marco di Aurélio e equipe luxuosa nos deram uma jóia da cinematografia paraibana. Que vai fazer o maior sucesso nas mostras nacionais e internacionais. Por um motivo muito simples: é cinema, é poesia, é enredo, é história contada por quem quer mostrar o que se tem de melhor no cenário exuberante da Paraíba. O cariri paraibano (a cidade Cabaceiras e adjacências) tem sido cenário de filmes importantes na retomada do cinema brasileiro. E nós – do alto daquele lajedo - vamos escrevendo pro mundo um testemunho da nossa riqueza e diversidade cultural que possuímos.

Se você puder assistir o curta metragem de Marco di Aurélio e equipe, no sossego de alguma sala de cinema ou mesmo no escurinho da sua sala em casa, você verá que evoluímos muito. Mas talvez tenhamos perdido aquele olhar de contemplação que o nosso ancestral, encarnado no ator Di Aurélio, soube tão também nos passar. Talvez pudéssemos ter nos transformado em coisa melhor, mas foi em que nos transformamos até agora. E claro, a ‘obra’ não está terminada ainda. Não a nossa. Mas a de Marco Di Aurélio e equipe esta mais que pronta e precisa ser vista. Anote ai: Desassossego é o nome do mais novo sucesso do cinema Paraibano.

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Peça um cópia por e-mail (marcodiaurelio@uol.com.br) ou veja maiores informações sobre seus filmes, poesia e literatura de cordel, através do blog: http://www.marcodiaurelio.com/blog/

Sushi de Frango à Moda Brasileira

Como na Paraíba discutir política com letra maiúscula é realmente uma condição arriscada, haja vista que as perseguições e a pressão para que você fique calado, alienado é ainda muito grande, - basta ver a quantidade de processos na justiça contra os jornalistas que tentam dizer alguma coisa - só nos resta em tempo de eleições de cartas marcadas, divulgar algumas receitas para que o distinto público (na falta do que fazer), possa pelo menos - se tiver algum dinheiro - fazer pelo menos algumas boas refeições. Veja essa receita de Sushi de Frango. Uma delícia.
Mas acredite, política é importante.
Um abraço,
Ivaldo Gomes

Sushi de Frango à Moda Brasileira


Fonte: http://receitas.maisvoce.globo.com/Receitas/Aves/0,,REC48750-7772-82+SUSHI+DE+FRANGO+A+MODA+BRASILEIRA,00.html


Ingredientes

- 1 kg de peito de frango (sem osso e moído)
- sal e pimenta do reino a gosto
- 2 folhas de couve manteiga cozidas e cortadas em tiras sem
o talo (20 cm X 10 cm)
- 2 xícaras (chá) de arroz cozido misturado com 3 colheres

(sopa cheia) de cream cheese
- 1 cenoura pequena cortada em tiras finas
- 2 ovos misturados com 1/2 xícara (chá) de leite
- gergelim branco para empanar

MOLHO TERIAKI DE TANGERINA OU LARANJA

- suco de 2 tangerinas ou 2 laranjas

- raspas da casca das tangerinas ou laranjas
- 6 colheres (sopa) de açúcar
- 1/2 xícara (chá) de saquê
- 1 colher (sobremesa) de gengibre ralado

MOLHO TERIAKI

- 1/2 xícara (chá) de molho de soja (shoyo)

- 6 colheres (sopa) de açúcar
- 1/2 xícara (chá) de saquê
- 1 colher (sobremesa) de gengibre ralado

Modo de Preparo

1 - Numa tigela tempere 1 kg de peito de frango (sem osso e
moído) com sal e pimenta do reino a gosto. Divida o frango moído
em 10 partes (100 g cada).

2 - Coloque uma parte sobre um saco plástico aberto e forme (com

o frango moído) um retângulo (16 cm X 8 cm). Sobre este retângulo
coloque 1 tira de couve manteiga cozida sem o talo (12 cm X 6
cm), espalhe uma porção de arroz cozido misturado com cream
cheese e por último coloque tiras de cenoura cozida.


3 - Com a ajuda do saco plástico enrole o retângulo, unindo as
pontas, apertando bem para que o recheio não vaze, formando um
cilindro. Transfira para a geladeira para firmar por apenas 2
horas. Repita o mesmo procedimento com o restante do frango.

Passe o cilindro de frango em 2 ovos misturados com 1/2 xícara
(chá) de leite e empane no gergelim branco. Frite em óleo quente
(180 graus) até dourar (+/- 4 minutos), corte em rodelas e sirva
com molho teriaki.


MOLHO TERIAKI DE TANGERINA OU LARANJA

Numa panela fora do fogo coloque suco de 2 tangerinas ou 2
laranjas, raspas da casca das tangerinas ou laranjas, 6 colheres
(sopa) de açúcar, 1/2 xícara (chá) de saquê e 1 colher

(sobremesa) de gengibre ralado. Leve ao fogo médio até que
engrosse levemente.

MOLHO TERIAKI

Numa panela, fora do fogo, coloque 1/2 xícara (chá) de molho de
soja (shoyo), 6 colheres (sopa) de açúcar, 1/2 xícara (chá) de

saquê, 1 colher (sobremesa) de gengibre ralado. Leve ao fogo
médio, mexendo sempre até engrossar levemente.

Governo e oposição são rigorosamente iguais

Esse texto foi enviado por Lauro Xavier Neto. O qual concordo plenamente.
O Jornal Contraponto é de fato o melhor jornal da Paraíba. Pena que tenha uma tiragem ainda pequena e muitos de nós ainda não o conheça. Mas procure na banca de jornais mais próxima. O seu diretor e autor do texto abaixo, jornalista João Manuel de Carvalho é com certeza um dos decanos do jornalismo paraibano. Fique com ele.
Um abraço,
Ivaldo Gomes

Governo e oposição são rigorosamente iguais

João Manoel de Carvalho (Jornal Contraponto, Paraíba, 16 a 22 de julho de 2010)

O baixo nível de educação do povo e o domínio absoluto da opinião pública pelas redes de Televisão, principalmente pela Rede Globo, impedem que a população seja adequadamente esclarecida dos fatos e da circunstancias em que se estrutura a vida política, e permite que a ingenuidade ou a alienação predominem sobre a população.

Tudo isso faz parte de um jogo maquiavélico das elites para impedir, a qualquer custo, que a opinião pública consiga, através de uma conscientização pertinente, conhecer a realidade e decidir com o juízo crítico conveniente, e defender com realismo os seus interesses fundamentais.

Para as elites brasileiras - e as mundiais não são diferentes- é preciso, antes de tudo, enganar, iludir e alienar. O povo vive de factoides, que são intensamente divulgados pelos jornais e redes televisivas, que procuram sempre falsear a verdade e evitar que o publico tenha conhecimento real dos fatos.

Alguém mais ousado já disse, certa vez, que verdade nunca prevalece e sim as meias verdades e a contrafações. Através delas e que se conseguira manter o povo enganado e iludido e isso permitira que essas elites perversas, que dominam e escravizam o povo, continuem eternamente no Poder.

Essa estratégia levou a opinião pública a aceitar que os Governos têm uma oposição e que existe algum conflito entre eles em torno do interesse coletivo. Essa enorme enganação leva o povo a pensar que um Governo ruim abre sempre a expectativa de que a Oposição possa oferecer uma melhor opção e que possa existir algum ponto de antagonismo entre um e outro.

Dessa forma, o povo teria sempre a esperança de que porventura existiria uma probabilidade de melhoria em suas condições de vida. Nada mais falso e irreal!

Governo e oposição só têm um objetivo: a conquista do Poder e só nesse ponto e que se assemelham. Quanto mais pareçam diferentes mais iguais ou semelhantes serão. Divergem na superfície, mas têm a mesma ideologia, que os aproxima, na essência.

Os fundamentos da democracia se assentam, exatamente, nessa imensa impostura, que mantém a opinião pública permanentemente fraudada por uma falsa realidade que se torna verdade absoluta ante os olhos da sociedade esbulhada num dos seus mais sagrados direitos: o direito à informação e de pensamento.

O povo dificilmente conseguirá distinguir a aparência da realidade, porque a opinião pública vive acuada e indefesa ante o bombardeio da desinformação imposto pelos meios de comunicação, particularmente pelas redes de Televisão, que impõem a aparência como realidade.

As eleições são também, no fundo, uma outra imensa enganação. Servem, apenas, para manter a ilusão do povo de que elas possam, algum dia, contribuir para mudar a cada vez mais amarga e cruel vida da coletividade. São, no fundo, inúteis. E se porventura servissem para alguma coisa em beneficio do povo, simplesmente não existiriam.




Livre Pensar



Ivaldo Gomes



Resolvi postar aqui,
as coisas que gosto.
Das que desgosto,
postarei também.
Mas o objetivo é o
exercício do
Livre Pensar.
Que livre mesmo,
só no pensar é que
podemos ser.
Mas a gente tenta,
inventa um jeito,
de dizer o que pensa.
E divulga também
o que pensa os outros.
Que somos nós,
representado no
coletivo.
Portanto,
o Livre Pensar
vai ao ar.
Cotidianamente.
Quando sair.
Chega de divagar.
Vamos ao vagar
dos dias do
Livre Pensar.
Liberdade não se pede,
se conquista.
Ou viver a liberdade
ou morrer tentando ela.
Livre e liberto.
Eis a questão.