quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Educação



      



                                                                           Ivaldo Gomes


         Tenho procurado ficar um pouco afastado da discussão presencial. Mesmo participando virtualmente e trocando mensagens com centenas de pessoas. Além dessa conversa informal, quase lúdica, temos dezenas de outras mídias disponíveis nos informando o tempo todo. Afora livros, revistas, jornais, cinema comercial, fotos, rádio, televisão, propaganda, comerciais de tudo de bom e de ruim. É a sociedade em ebulição! Nunca convulsão, pouco menos revolução. Mas uma espécie de evolução a troco de muitos desencontros e solavancos. Assim tem sido esses dias de tantas informações e acontecimentos em pleno início desse terceiro milênio.

         Assim segue a humanidade! Diria o jornalista João Costa. Segue com certeza a humanidade. Mas pra onde? É preciso se perguntar isso de vez em quando. E ai quando faço essa pergunta, vem à mente com que óculos eu vou enxergar essa questão? E não consigo vislumbrar melhor visão que não seja pela via da educação. Sem educação nem todo o dinheiro do mundo nos salvará de uma grande catástrofe: nós mesmos. Sem educação somos péssimos. Basta ver os exemplos que ocupam a maioria das notícias nas mídias. No fundo tudo é uma tremenda falta de educação.

         Recentemente aconteceu uma catástrofe natural no Japão. Uma onda gigante destruiu parte de várias cidades. Durante a reconstrução das áreas atingidas, foi encontrado quase duzentos milhões de reais em dinheiro, joias e coisas de uso pessoal de milhares de vítimas do desastre.  A polícia informou hoje que 92% de todas as coisas que foram encontradas, principalmente o dinheiro, foi devolvido aos seus respectivos donos ou parentes. Eu olho para esse exemplo de dignidade humana - conseguida através da educação - e vejo como temos que nos educar no Brasil. Ou a sociedade toma pra si essa questão ou talvez nem precise ter, no futuro, sociedade organizada. Governos? Muito menos. Será de fato a ‘lei’ do mais forte e ponto.

         Urge chamar, envolver os jovens de hoje para a discussão da educação no Brasil de hoje, para que exista um Brasil amanhã. Não é uma questão de alarme, é uma questão de sobrevivência como nação. No mundo do futuro a verdadeira moeda de troca continuará sendo o conhecimento. E não se obtém conhecimento sem se aproximar dele. Seja através da escola formal ou informal. Mas temos que ter educação para uma cultura de paz e respeito pelo outro. Mas será que esse modelo que estamos trilhando nos dias de hoje nos dará isso de verdade? Tenho minhas dúvidas ainda. E você o quê acha? Não podemos mais ficar calados sobre essa questão. A omissão de agora poderá nos custar muito caro. Não sejamos coniventes com o que não se faz com a educação de todos nós.


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