Ivaldo
Gomes
A Paraíba
assiste assustada a sequência, quase semanal, de ações da Polícia Federal, CGU e
MPF, no combate a corrupção, com operações de desbaratamento de verdadeiras
gangues agindo dentro da esfera do poder público na Paraíba. As ações são
tantas que levou o prefeito de João Pessoa, o preposto Luciano Agra, a produzir
uma pérola do descaramento político em que se transformou a administração da
coisa pública: ‘essa ação da Polícia Federal
é um caso de rotina’. Rotina prefeito? Rotina deveria ser a probidade
administrativa e a transparência com o erário público. Isso sim deveria ser um
ato de rotina.
Mas o
objetivo desse artigo é para cobrar publicamente da imprensa da Paraíba a cumplicidade
com os crimes levantados pela ação diligente da Polícia Federal e demais órgãos
envolvidos. E essa não cumplicidade deveria vir estampada nas páginas dos
jornais, noticiários de rádio, tvs e nas matérias em vários sites na internet,
dizendo, divulgando, com todas as letras, quem são realmente os responsáveis
por tantos escândalos. Pois não adianta divulgar o escândalo sem dar nome aos
bois. Sem dá nome a esses salafrários que se acham no direito de roubar o
erário que deveria ser apenas público.
Na medida em
que a imprensa sonega da população quem são esses safados, termina acobertando
os maus feitos e até de certa forma incentivando que eles continuem com esse
tipo de expediente. Já que a justiça no Brasil é lenta, cega e surda, causando
esse mar de impunidade reinante no Brasil, corrupto preso que é bom, não tem
quase nenhum. Caberia então à imprensa dizer quem são esses verdadeiros ladrões
do erário público. Pelo menos os constrangia publicamente. Os colocaria na
vitrine e envergonharia seus familiares e amigos. A sociedade precisa reagir a
tudo isso execrando publicamente esses canalhas.
Como cidadão,
eleitor de voto obrigatório e contribuinte espoliado por mais de 85 tipos de impostos
e taxas, acho que tenho o direito de cobrar da imprensa transparência no
noticiário e na divulgação dos nomes das empresas e de seus respectivos donos, para
que a sociedade, pelo menos, fique sabendo quem são essas almas sebosas. Pois
tenho acompanhado detidamente o noticiário nos rádios, jornais, tvs, portais e
blogs na internet e pouco ou quase nada tenho
visto sobre os nomes dos reais ladrões do erário público. O que leva a acreditar
que existe por parte da imprensa na Paraíba, um propósito sórdido de proteger
esses meliantes. É a conclusão que chegamos depois de ver tamanha cumplicidade
com negação das informações.
É bom que a
imprensa repense esse procedimento. Pois da maneira que vai, à livre expressão
do pensamento, acontecerá de verdade, apenas nas redes sócias da internet. Pois
lá não tem cabresto e nem tão pouco censura ou muito menos conivência com tudo
isso que está acontecendo na Paraíba. Pois é inadmissível ver pessoas tendo a
coragem de colocar soda cáustica no leite que é distribuído às crianças na Paraíba
e encobrir quem são esses salafrários. É no mínimo cumplice de crime tão
hediondo. Fica aqui o pedido por uma imprensa mais comprometido com a cidadania
de todos os paraibanos. Pelo respeito ao cidadão e pela boa norma da informação
a sociedade, que é imperativo de uma imprensa que busca a credibilidade.
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