quarta-feira, 6 de junho de 2012

Atendimento UNIMED-PB


Toda vez que você pensar em contratar um plano de saúde, leia isso.
Um abraço,
Ivaldo Gomes


Minha saga começa quando meu filho Andrey, de 28 anos, que vinha se queixando de uma dor no lado direito do peito foi diagnosticado com pneumonia e derrame pleural. Como o médico que já era o pneumologista dele não pôde atendê-lo levei-o a outro. Segundo o médico, que o atendeu não era caso de internação. Podia ser medicado em casa. Isso foi no dia 22 de maio de 2012. No decorrer da semana as dores e a febre aumentaram e ele foi ao médico que já era o dele, que passou novos exames que ficaram prontos na sexta- feira, dia 25 de maio. O derrame havia aumentado bastante. Liguei para o consultório do médico e fui informada que ele não atendia na sexta, informei à atendente que era caso de urgência e ela me deu o celular do médico. A essa altura já eram 17:00 h. Enfim consigo falar com o médico que me diz: “Não atendo ninguém na sexta”, e eu, mãe aflita pergunto se ao menos eu posso ler a conclusão dos exames para ele, e ele diz que sim. Leio e ele me diz, ‘pegue seu filho e leve para o hospital’. Infelizmente, levei meu filho ao Hospital da Unimed, com febre de 40 graus, muita dor no peito, muita dor de cabeça e dificuldade para respirar. Chegamos ao Pronto Atendimento do Hospital da Unimed as 18 h e quem conhece sabe que de “pronto atendimento” só tem o nome. Antes das 19 horas fomos atendidos por uma clínica geral, que passou uma nebulização e um remédio para dor e também nos passou para um cirurgião geral. Mais ou menos às 20 horas o cirurgião geral nos diz que o hospital vai ligar para um cirurgião torácico, pois meu filho precisa fazer uma punção no pulmão que está cada vez se enchendo mais de líquido. E a partir daí, só piora. Passaram 50 minutos entre o pedido para ligar e a ligação finalmente ser feita. Isso depois que eu pedisse, implorasse, e até ameaçasse fazer um escândalo, pois já tinha havido dois outros pacientes. Até que o 2º médico contatado disse que o internasse e que na manhã seguinte a cirurgia seria feita. Enfim ele foi interno às 22:00 h. Em apartamento, pois o plano dele dá direito. Ficou com a namorada.
                     
Sábado: 26 de maio. Chego ao Hospital às 6:30 h e me informam que a cirurgia será feita meio dia. Meio dia mais exames são feitos e o ultrassom diz que já tem 1900 ml dentro do pulmão direito do meu filho. É muito difícil vê-lo sofrendo tanto e não poder fazer nada. E não saber porque essa punção não foi feita de manhã cedo. Nada de cirurgia, vou atrás e me dizem que será as 15:00. Às  15:30 me ligam da recepção do hospital e me dizem que eu tenho que fazer um depósito de R$ 3.000,00 reais pois a Unimed de meu filho não autoriza o material usado na cirurgia em final de semana, e só durante a semana. Pasmem. Como sou uma pessoa bem informada, ciente e exigente dos meus direitos, fui à recepção, disse que era ilegal me pedir caução, ao que me informaram que não era caução, e eu disse que então me dessem por escrito que nome era aquilo. Que não daria e que ia chamar minha advogada para continuarmos a conversa. Isso tudo com o celular gravando ostensivamente essa conversa. Bom, 15 minutos depois ligam dizendo que farão a cirurgia sem o depósito. Enfim as 16:00 h, meu filho vai pra sala de cirurgia. Ás 18:00 h volta para o quarto, na maca, junto dele, duas requisições de exames e um potinho com líquido dentro, que o maqueiro me entrega. Uma requisição para um raio x de pulmão e a outra, uma cultura com antibiograma, pesquisa de fungos e mais algumas coisas. E eu digo: Esse exame é para eu levar para o laboratório segunda feira ainda? E não tem problema? Ele me responde que não. Que está no formol.

Domingo: 27 de maio. Meu filho teve muitos calafrios, febre alta e muita sudorese várias vezes durante a noite. Tomando muita medicação. Ainda tem muitas dores. Fazemos tudo pra ele ficar o mais confortável possível. Lá pelas 15:00 h o médico vem vê-lo. E responde tudo que a gente pergunta até que chega o momento que ele diz: Daqui a pouco chega o resultado da cultura e aí nós vamos ter certeza se estamos dando o antibiótico correto. E eu digo: Mas doutor, eu ainda vou levar o exame amanhã. Ele ficou sem entender direito e eu expliquei que o exame tinha vindo para o quarto junto com outro e o meu filho na maca. Ele ficou indignado e saiu para o posto de enfermagem do 5º andar. Não sei o que ele disse por lá. Esses exames nunca deveriam ter vindo para o quarto. O raio X deveria ter sido tirado na noite anterior. E ainda tinha fisioterapia que até então não havia sido feita. E esse exame do líquido do pulmão do meu filho que diria tudo a respeito da infecção bacteriana, estava vencido. Não preciso dizer que também fiquei indignada. Três erros consecutivos sem ninguém perceber. Da saída da sala de cirurgia a chegada no apartamento. Onde a única preocupação da enfermeira chefe foi saber se a dieta estava liberada ou não.

Segunda: 28 de maio. Raio X tirado, fisioterapia enfim feita. Mas o exame foi perdido. Quanto ao derrame, quase todo líquido foi drenado. Quanto aos pulmões, meu filho não tem mostrado melhoras. Pensa-se em tuberculose. E nada do pneumologista aparecer para ver como o paciente dele estava e nos dizer alguma coisa. Ligo pra ele e ele me diz que não vai ao hospital, mas que está dando todas as orientações para o outro médico, por telefone. Que a Unimed só dá direito a um médico para acompanhar o paciente. Acreditam nisso? A conselho do advogado não devo citar nomes. Mas se informem muito bem a respeito de qualquer médico que procurarem, pois eles podem desaparecer na hora que a gente mais precisa. Então, agradeci a boa vontade dele e chamei outra. Ótima. Esclareceu todas as nossas dúvidas, tanto da pneumonia bacteriana como da tuberculose pleural, fez novos exames, inclusive de escarro. Aos dois cirurgiões torácicos e a pneumologista, só tenho a agradecer.

Terça: 29 de maio. Meu filho continua a ter febre, sudorese noturna e calafrios. Com a quantidade de antibióticos que está tomando não deveria ter mais.

Quarta: 30 de maio. É quase certeza que meu filho está com tuberculose pleural. Ficamos um tanto chocados, pois como alguém que é vacinado, que não tinha uma gripe, uma tosse há mais de ano pode ter tuberculose? O remédio é solicitado para ele às 14:30 h. Às 17:00 h a assistente social vem me dizer que eu tenho que pegar o remédio lá no Clementino Fraga, no ambulatório que fecha exatamente às 17 horas. Mais uma noite de agonia pra meu filho. Mas quem se preocupa com isso?

Quinta: 31 de maio. Logo cedo estou no Clementino Fraga, sou rapidamente e tão bem atendida, e me pergunto o que teria acontecido se eu tivesse levado meu filho para interná-lo lá quase oito dias atrás? Talvez não tivesse passado metade do que passamos. A febre, sudorese e calafrios já diminuem muito nessa noite.

Sexta: 01 de junho.  O exame de escarro deu negativo. Ainda falta o resultado de um chamado ADA. Meu filho melhorou visivelmente. Á tardinha recebe alta, enfim voltamos pra casa. Meu filho ainda tem uma longa recuperação pela frente.
Hoje, quarta-feira, 06 de junho. Meu filho recupera-se muito bem. Tem ainda um longo tratamento pela frente. Está vivo e cada dia melhor. Mas o que eu passei lá naquele Hospital da Unimed e com a empresa Unimed, vendo meu filho sofrendo, podem ter certeza que não vou esquecer nunca.

Ainda tenho mais coisas a contar, mas realmente ia ficar muito longo. Peço a todos que repassem para todos da sua lista, e no Facebook peço que compartilhem para que não fiquemos mais a mercê de planos de saúde e de seu hospitais.

Meu nome é Virginia Lucia Venâncio Gomes.
Meu contato é: vlvg60@hotmail.com

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