terça-feira, 3 de agosto de 2010

Hospital fecha portas

Quando você fecha um hospital,
você abre a porta pra morte entrar.
Quando você fecha uma escola,
você abre a porta para a marginalização.
Quando você pendura a placa 'Não há Vagas',
você joga muitos na miséria.
Quando você se elege mentindo,
você fecha o hospital, a escola,
o trabalho, a vida.
Ai eu lhe pergunto:
Governo pra quê?
Só nos resta a rebelião.
E é isso que temos que fazer.
Um abraço,
Ivaldo Gomes

Hospital fecha portas

Jornalista Giovanni Meireles - Fonte: http://www.pbagora.com.br/coluna.php?id=20100802212513&cat=politica&keys=hospital-fecha-portas


Hospital fecha portas

Nesta segunda-feira pela manhã, o Hospital Santa Cecília, localizado na cidade de Mari, fechou as portas definitivamente, devido à crise financeira que abalou a estrutura administrativa da unidade ambulatorial.

Demissão em massa

Foram demitidos 19 funcionários (entre clínicos, obstetras, enfermeiros, atendentes, farmacêuticos, nutricionistas, auxiliares de limpeza, cozinheiros, etc), deixando seis cidades sem assistência médica básica e de urgência: Mari, Sapé, Caldas Brandão, Riachão do Poço, Sobrado e Gurinhém.

Corte financeiro

Os recursos que o hospital recebia não passavam da quantia de R$ 43 mil e – mesmo assim – foram suspensos. Houve uma audiência pública na Câmara Municipal, mas nada de concreto foi resolvido pelos vereadores.

Diretor decidiu parar

Por esse motivo, o médico Ivanildo Arruda (pai da cantora Renata Arruda) decidiu no último sábado, mandar fechar as portas da casa de saúde e demitir seus 19 funcionários, o que aconteceu na manhã desta segunda-feira.

Município busca solução

O prefeito Antônio Gomes (PSDB), ao tomar conhecimento do assunto, pediu à sua secretária municipal de Saúde para agendar uma audiência urgente com o secretário de Saúde do Estado, José Maria de França, para tentar encontrar uma fórmula de reabrir imediatamente o hospital. Ambos estão juntos, na foto acima.

Resposta imediata

Assim que tomou conhecimento da matéria divulgada na imprensa local pelos blogs de Fábio Mozart (www.fabiomozart.blogspot.com) e do professor Josa (www.professorjosa.com.br), o secretário estadual de Saúde, José Maria de França, fez os seguintes esclarecimentos:

Governo isento de culpa

– O Estado não cortou recursos destinados ao Hospital Santa Cecília. Os recursos que eram repassados mensalmente pelo Estado ao Hospital (R$ 35 mil) eram do Fundo Nacional de Saúde. E isso era feito, porque o município de Mari não tinha gestão plena de saúde.

Prefeitura assumiu SUS

– A partir do mês de junho, Mari adquiriu gestão plena e o dinheiro do Fundo Nacional de Saúde, destinado ao Município deixou de passar pelo Estado. Agora, os recursos federais para manutenção de todos os serviços de saúde de Mari caem direto na conta do Município (Fundo Municipal de Saúde).

Responsabilidade local

– Sendo assim, cabe ao município destinar um teto financeiro para cobrir as despesas com AIHs (Autorizações para Internações Hospitalares) e procedimentos ambulatoriais do Hospital Santa Cecília. Esta alteração na forma do repasse de recursos é normal em todo processo de mudança de gestão.

Verbas são federais

– A municipalização ou a gestão plena do sistema de saúde é uma tendência nacional e um avanço. Uma das vantagens é a descentralização dos recursos federais, que passam a ser repassados “fundo a fundo”, sem a intermediação do Estado.

Saída criativa

– Sendo gestor pleno de seu próprio sistema de saúde, o município de Mari poderá implantar ações inovadoras e modernizar o gerenciamento dos serviços de saúde.

Reabertura negociada

– Acredito que o Hospital Santa Cecília e o Município de Mari entrarão num acordo para manter a unidade funcionando ou encontrar uma solução para garantir a assistência da população que depende do hospital.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Diga o que quiser, mas diga.